Nexa no 1T24: Receita líquida de US$ 580 milhões e EBITDA ajustado consolidado de US$ 123 milhões

Por Conexão Mineral 07/05/2024 - 22:13 hs
Foto: Nexa Resources
Nexa no 1T24: Receita líquida de US$ 580 milhões e EBITDA ajustado consolidado de US$ 123 milhões
Nexa quer a redução de 20% nas emissões diretas até 2030

A Nexa Resources, uma das principais produtoras de zinco do mundo, aumentou sua produção de zinco para 87.000 toneladas no 1º trimestre de 2024 (“1T24”), um aumento de 17% em relação ao 1º trimestre de 2023 (“1T23”), impulsionado pelo aumento no volume de minério tratado e maiores teores médios de zinco, especialmente nas minas de Cerro Lindo, Vazante e Aripuanã.

A produção de cobre atingiu 7.500 toneladas, um aumento de 23% em relação ao 1T23 devido ao progresso positivo no “ramp-up” de Aripuanã, enquanto a produção de chumbo aumentou 20%, devido à maiores volumes de produção nas minas de Cerro Lindo e Aripuanã, totalizando 18.000 toneladas. Além disso, a produção de prata aumentou 26% em relação ao ano anterior, alcançando 3 milhões de onças.

No segmento de metalurgia, as vendas de metal e óxido de zinco totalizaram 139.000 toneladas no 1T24, uma queda de 4% em relação ao 1T23, devido aos volumes de produção mais baixos e a sazonalidade típica da demanda no período.

Em termos de desempenho financeiro, a receita líquida no 1T24 totalizou US$ 580 milhões em comparação com US$ 667 milhões no 1T23. Essa diminuição foi, principalmente, devido aos preços mais baixos do zinco, menor prêmio líquido e menor volume de vendas de metalurgia, parcialmente compensados por volumes de vendas de mineração mais altos.

O EBITDA ajustado para o mesmo período totalizou US$ 123 milhões em comparação com US$ 133 milhões no 1T23. A diminuição ano a ano foi principalmente impulsionada pelos preços mais baixos do zinco e menor volume de vendas de metalurgia, parcialmente compensados por uma maior contribuição de subprodutos e volumes de vendas de mineração mais altos. Já o prejuízo líquido ajustado, por sua vez, totalizou US$ 10 milhões no 1T24.

"Iniciamos o ano com um desempenho operacional positivo no primeiro trimestre, graças ao compromisso de nossas equipes em reforçar nossas estratégias operacionais, aprimorar nossas capacidades e focar na execução," afirmou Ignacio Rosado, CEO da Nexa.

"Apesar dos desafios enfrentados por nossa indústria, como condições macroeconômicas, volatilidade dos preços das commodities e menor demanda de metais devido à sazonalidade, continuamos progredindo e permanecemos focados na execução de nossas prioridades. Estas incluem alocação de capital disciplinada, conclusão do “ramp-up” de Aripuanã - impulsionando nossa produção de metais consolidada e pavimentando o caminho para o aumento da geração de caixa - juntamente com o avanço de nossos estudos relacionados ao Projeto de Integração de Cerro Pasco," continuou Rosado.

Reforço da posição financeira: iniciativas vinculadas a ESG e emissão de títulos

Em março, a Nexa alcançou um marco significativo ao firmar um novo acordo de linha de crédito de R$ 200 milhões (aproximadamente US$ 40 milhões) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ("BNDES") como parte do programa “BNDES Crédito ASG”. Este fato marcou a primeira operação de crédito vinculada a ESG do BNDES no setor de mineração e destaca o compromisso da Nexa com as práticas sustentáveis. A liberação, prevista para ocorrer ao longo do ano, está sujeita a certas condições, visando apoiar os esforços da Nexa em direção à descarbonização e responsabilidade socioambiental. Essas iniciativas estão alinhadas com o objetivo da Nexa de zerar suas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 e redução de 20% nas emissões diretas até 2030.

Além disso, em abril, a Nexa estendeu seu perfil de dívida através da emissão de novas debêntures e títulos de renda fixa. Este movimento estratégico permitiu à Nexa otimizar sua estrutura financeira, diversificar as fontes de financiamento, melhorar a posição de liquidez e alongar o perfil de da dívida. Como parte desta estratégia, a Nexa Brasil, subsidiária da Nexa Resources, emitiu sua primeira debênture vinculada a ESG com prazo de 6 anos, no valor de R$ 650 milhões (aproximadamente US$ 130 milhões). Esta emissão não só significa a entrada da Nexa no mercado brasileiro, mas também destaca seu compromisso com os princípios ESG.

Simultaneamente, a Nexa concluiu uma nova oferta de títulos de renda fixa, totalizando US$ 600 milhões em notas seniores sem garantias, com cupom de 6,750% e com vencimento em abril de 2034. Os recursos líquidos foram utilizados para refinanciar uma oferta pública de recompra das notas existentes com vencimento em 2027 e 2028. A extensão do perfil de dívida da Nexa destaca seu compromisso com uma gestão financeira prudente e otimismo nas perspectivas de longo prazo de seu negócio. Além disso, essas transações estão alinhadas com a estratégia de gestão de passivos da Nexa, visando melhorar o fluxo de caixa livre enquanto mantém uma estrutura de alocação de capital disciplinada.

Suspensão e venda do Complexo Morro Agudo, em Paracatu (MG)

A Nexa anunciou, em março, a suspensão das operações de mineração no Complexo Morro Agudo a partir de 1º de maio. Adicionalmente, em abril, a empresa anunciou a assinatura de um acordo definitivo para a venda do Complexo Morro Agudo, que abrange as minas de Morro Agudo e Ambrósia, por um preço de compra de R$ 80 milhões (aproximadamente US$ 16 milhões), menos ajustes de capital de giro e incluindo a assunção dos custos de fechamento. Esta transação faz parte do processo de otimização de portfólio da Nexa para melhorar o fluxo de caixa livre em linha com sua eficiência operacional e alocação de capital disciplinada.

A empresa adotou várias iniciativas para garantir oportunidades iguais de realocação para todos os colaboradores de Morro Agudo, tais como feiras de emprego internas e externas, sessões de coaching profissional, programas de assistência, entre outros.

Estratégia de crescimento e portfólio de ativos

A Nexa continua focada em gerar fluxo de caixa livre e avaliar sua estrutura de alocação de capital. Esta estratégia prioriza investimentos em capital de manutenção, exploração mineral em áreas já desenvolvidas (“brownfield”) e iniciativas de ESG, juntamente com medidas robustas de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (“SSMA”). Essa abordagem holística garante a alocação eficiente de capital em ativos de alto retorno.

Nesse sentido, a companhia continua avançando nos estudos relacionados ao "Projeto de Integração de Cerro Pasco", no Peru, que representa uma oportunidade de crescimento orgânico e robusto para a empresa. Como resultado desse progresso, um “Resumo de Relatório Técnico” foi recentemente divulgado, o qual apoiou um aumento de 59% nas reservas minerais nas minas El Porvenir e Atacocha dentro do Complexo. Adicionalmente, a Nexa aumentou suas reservas minerais totais em 10% ano a ano, totalizando 110 milhões de toneladas.